O aumento da esperança média de vida em Portugal alterou, com forte impacto, o tecido social do país, promovendo uma alteração sensível dos grupos etários nacionais.

Em face destas alterações, teremos inevitavelmente que passar de um paradigma de tratamento da doença aguda para uma cada vez mais necessária gestão da doença crónica, nos grupos etários em causa.

Esta alteração de grupos etários é, reconhecidamente um dos factores de agravamento dos gastos com a saúde ao longo das últimas décadas.

O doente deve ser o foco principal da estratégia de qualquer sistema ou serviço de saúde e deve ter acesso fácil, rápido, em qualquer lugar aos seus dados clínicos.

Uma resposta passará, com toda a certeza, pelos cuidados de saúde primários e pela medicina preventiva, sendo necessária uma nova abordagem que possa, simultaneamente, melhorar o nível de prestação de cuidados de saúde, permitir uma maior racionalização de recursos e um maior envolvimento dos utentes na gestão do seu próprio estado de saúde.